Almerinda Borges Garibaldi

24/07/1925 - 03/07/2016 (90 anos)

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Quem esteve aqui?

  • César Augusto Batista Xavier  
  • O texto abaixo foi escrito como apresentação do livro "Preciosidades" editado pelos filhos para os 90 anos de minha mãe. A leitura dele foi também homenagem em sua Missa de Sétimo Dia. Somos irmãs de alma, mas nem sempre foi assim. Descobri nossa ligação forte depois que tive meus 3 filhos. Eu ficava imaginando... como ela conseguiu ter o dobro e ainda acolher uma filha adotiva? Minha mãe é uma pessoa simples, porém nobre. Traz em si uma sabedoria que vem dos livros, mas sobretudo das inúmeras experiências que viveu. Fui convidada para apresentar esse livro. Achei uma honra para mim. Nossa mãe querida é uma pessoa tão grande em suas qualidades... Sei que jamais conseguirei dizer tudo o que gostaria. Vou então me dedicar a três relações dessa Almerinda - nossa mãe, grande ser humano, minha xará e amiga do peito. Escolhi falar de como ela se relaciona com a família, com a natureza e com a devoção. A família para minha mãe é o que ela tem de mais valoroso. Ela sabe agregar, reunir e preservar nossos laços afetivos como ninguém. Sabe nos animar quando precisamos; sabe dar broncas quando erramos, e tem uma enorme generosidade para com todos - meu pai, os filhos, os netos e bisnetos. Com meu pai é outro capítulo. Uma vida dedicada a ele. Se existe amor eterno, é esse o que acontece de minha mãe para com meu pai. Ela soube demonstrar isso com resignação e muitas renúncias. Sr. João foi mesmo abençoado com esse amor imenso e intenso. Vocês conhecem alguém que conversa com a lua, com as plantas e com os passarinhos? Alguém que abraça as árvores e sabe admirar uma folha? Alguém que acompanha o crescimento de uma planta com o mesmo carinho que tem pelas crianças? Essa é nossa mãe querida, dona de uma natureza alegre e bem humorada; que sabe gargalhar como ninguém e sabe, da mesma forma, ser simples e, ao mesmo tempo, nobre de coração. Quantas devoções há no coração de Almerinda Mãe? Aprendemos com ela a venerar o Divino Pai Eterno; o Padre Pelágio; Santo Antônio de Pádua e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Tais devoções a fortalecem espiritualmente e não a deixam perder a fé e a esperança por dias sempre melhores para ela, meu pai, para todos familiares e amigos. E aliadas à fé e à esperança, minha mãe tem a caridade como prática integrante de sua fé e de sua vida espiritual. Recebemos esse legado desde crianças e temos tentado passar para nossos filhos e netos. Mãe, acho que, a Sra em sua simplicidade e nobreza aprendeu a ver sentido em sua vida, mesmo não saindo tanto de casa. Nobreza, sabedoria e riqueza interior são partes de sua essência e fazem de sua presença entre nós, o nosso maior tesouro. Obrigada por existir. Obrigada por nos amar. Receba, com esse livro, nossa homenagem e nosso imenso carinho. A Sra é e sempre será muito querida e amada por todos nós. Almerinda Filha

    almerinda.garibaldi@gmail.com  
  • Mãe querida, são três anos e meio que a sra foi para outra dimensão... a dimensão espiritual. Nós aqui sentimos muito, muitíssimo sua falta, mas queremos sua lembrança sempre por perto. Aqui em casa, seu portarretratos olha para a porta do meu quarto e eu sinto que a senhora está me protegendo. Quando rezo o terço, penso muito na senhora e como a sra gostava de rezar também. Na igreja, muitos cânticos me fazem lembrar a senhora e lembrar de como a senhora os cantava bem e com um intenso fervor. Há muitas coisas que me lembram muito a senhora. Às vezes eu me pego sorrindo de lembrar de nossas brincadeiras quando conversávamos sobre algo, uma situação e falávamos: "Não é verdade, Dona Meyre?" como fazíamos antes de cairmos na gargalhada. E eu agradeço muito a Deus por termos tido essa proximidade, essa cumplicidade, esse carinho uma com a outra. Mãe, não é fácil, mas vou seguindo com fé de que nos reveremos algum dia. A vida tem passado bem depressa e eu já vou fazer 63 anos!!! A Sabrina já faz 18 esse ano!!! E eu vou chegando perto dos 70. Mãe, interceda por todos nós de onde a sra. estiver. E não se esqueça, amamos a senhora. Amo a senhora e meu pai, mesmo que vocês não estejam mais conosco. Um abraço e um grande beijo!!!

    almerinda.garibaldi@gmail.com  
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  • Mãe, são 6 anos e 7 meses que nos separamos. Ontem, eu estava pensando porque eu não fiquei com a senhora no seu último mês de vida. Eu me lembro que fui ao hospital, onde a senhora tinha passado uma noite, ajudei-a a tomar banho (pela primeira vez em minha vida) e voltei com a senhora para casa. Eu me lembro que a primeira coisa que a senhora fez quando chegou em casa foi ir ver meu pai, acamado há tanto tempo. Eu não desconfiei de nada. Talvez Deus tenha me preservado de entender a sua real situação de saúde. Fomos levá-la ao médico, Luiz Antônio e eu. Como era um gastro, ele achou que fosse vesícula e pediu os exames para uma provável cirurgia. Ela não queria ser operada. As coisas se acalmaram e eu me despedi da senhora. Eu não poderia ter feito isso. Eu teria que ter ficado, ficado com a senhora; poderia ter estado com a senhora na hora que passou mal e não estava. Quero te pedir perdão, mãezinha. Falo disso tudo e meus olhos ficam marejados de lágrimas. Uma situação que jamais vou esquecer, jamais vou entender o porquê de eu não ter tido a intuição de que seria seus últimos dias por aqui. Que a senhora esteja bem, em paz e na luz de Deus e de Nossa Senhora. Te amei enquanto vivemos nossa história afetiva "Mãe-Filha". Te amo até o infinito. Peço sua bênção, minha mãe. Mirinda

    almerinda.garibaldi@gmail.com